Segunda-feira, 6 de Fevereiro de 2012

Obrigado Leya (Rua Cidade de Córdova, nº2, 2610-038 Alfragide)

 

Dizem as notícias que Gonçalo Bulhosa, em tempos ligado à Oficina do Livro, foi contratado pela Leya para voltar àquela chancela.

Pondo de parte a pulsão suicida de que a Leya parece dar sinal - a qual não me sinto capaz de analisar - não posso se não dar pulos de contente pela decisão da editora de Alfragide.

É que eu tenho contas para acertar com o Sr. Bulhosa (ou melhor, o Sr. Bulhosa tem contas a acertar comigo) e não havia maneira de o encontrar. Agora já sei onde ele está: Rua Cidade de Córdova, nº2, em Alfragide, arredores de Lisboa.

Não me orgulho de confessar isto, mas cá vai: conheço o Sr. Bulhosa. Não o pequeno génio nacional mais ou menos incompreendido de que dão conta alguns textos publicados nos últimos dias, mas um português igual a tantos outros, que acha que não tem de pagar o que deve. O Sr. Bulhosa que eu conheço foi julgado e condenado em tribunal por direitos de autor que nunca me pagou. A mim, como a outros autores e fornecedores vários da Palavra, editora que o Sr. Bulhosa, com a sua visão, o seu conhecimento do mundo editorial e o seu brilhantismo em geral, criou e destruiu num curto espaço de tempo.

No que me diz respeito, editou em novembro de 2006 "A Última Campanha", livro de cujos direitos de autor não vi, até hoje, nem um cêntimo. Há três anos que existe sentença, transitada em julgado, com o valor que o Sr. Bulhosa me deve e tem de pagar-me.

Infelizmente, desde então a Justiça não conseguiu encontrá-lo. Ao que me disseram, andava em parte incerta, a julgar pela incapacidade do ofical de justiça para executar a sentença.

Até agora. Até que a Leya o encontrou - ou ele encontrou a Leya.

Boas notícias, portanto: não só descobri onde pára o Sr. Bulhosa, como sei que ele voltou a ter rendimentos fixos. Poderá finalmente pagar o que me deve.

Tudo está bem quando acaba bem.

Um dias destes, senhores da Leya, a Justiça vai bater-vos à porta. Mas não se assustem. Pela minha parte, o oficial de justiça não quer nada convosco - apenas com a vossa mais recente contratação.

Peço que entendam que a Justiça é lenta e façam o favor de o manter por aí durante algum tempo. Obrigado.

publicado por Filipe Santos Costa às 19:56
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