Este
cavalheiro tenta, há uma semana, ver no discurso de vingança de Cavaco o discurso de vitória de um Presidente. Está no seu direito.
Ninguém duvida que ele, tendo estado na festa da vitória com o fervor e a bandeirinha dos fiéis, tenha ouvido no tal discurso uma ou duas banalidades a que os jornalistas não deram importância - pela simples razão de que não a tinham. O soundbite do discurso de Cavaco era um relambório sobre "a vitória da verdade sobre a calúnia" e "a vitória da honra sobre a infâmia." A exortação que tinha para fazer a alguns portugueses era que denunciassem as fontes de umas notícias. O cavalheiro em questão acha que sim senhor, isto é digno de um Presidente na hora da vitória. Tenho todo o prazer em
discordar.
Mas na sua cegueira de defender Cavaco, aparentemente também ficou surdo. E ouviu-me dizer esta noite na SIC-N não só o que eu não disse, mas o contrário do que eu disse. Ouviu-me imputar, imagine-se,
"gravitas" a Almeida Santos - talvez quando comentei que as intervenções do dito têm o mérito, se não de nos fazer pensar a política, pelo menos de nos divertir.
Oh homem, quer chafurdar nas misérias do cavaquismo, faça bom proveito. Quer discordar de mim, vamos a isso. Mas acredite, não é sobre o dr. Santos que vamos discordar. Como teria percebido, se não tivesse os ouvidos cheios de merda.